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Archive for novembro 2016

Cinquenta Tons de Cinza (filme) - críticas de uma fã parte 3

Olá novamente! ^^

Prometi que viria com outras partes dando opinião sobre o que achei da adaptação do filme Cinquenta Tons, não foi? ^^
Porém, sempre republico esses posts em um grupo fã, e reparei que a grande maioria das mulheres não gosta quando faço críticas, dizem que reclamo demais.
Pois bem, então. Vou tentar ser um pouco menos chata e mostrar poucas coisas aqui. Mas, antes de dizer que estou sendo bastante crítica, procure analisar as cenas primeiro antes de me julgar.

Lembrando que é a parte 2 do filme, não da publicação.
Para quem se interessou em assistir o filme por partes, aqui está o link.


Começando com a cena crepusculesca.




Sério, gente. Essa cena ficou quase idêntica a uma cena em que Edward empurra Jacob. É só procurar, ta? Não achei a porcaria da cena.
É claro que todo mundo sabe que 50 Tons já foi uma fanfic de Crepúsculo, mas precisava colocar essa cena igual?
Vale salientar que essa cena do livro é diferente. Christian não chega empurrando o José. Ele diz para José soltar a Anastasia quando ainda está parado na penumbra. O cara simplesmente não precisa chegar perto, só o som da voz dele faz José praticamente se borrar.
Mas, então, por que eles colocaram tão diferente? Por que esse crepusculismo no filme? Para mostrar mais para as pessoas que a história foi inspirada em Crepúsculo?
Aqui vai a cena verdadeira:

“Seu hálito é suave e muito doce – cheira a margarita e cerveja. Ele me beija delicadamente do queixo até o canto da boca. Estou apavorada, bêbada e sem controle. A sensação é sufocante.
– José, não – imploro.
Eu não quero isso. Você é meu amigo e eu acho que vou vomitar.
– Acho que a senhorita disse não – uma voz baixa surge na escuridão.
P**a merda! Christian Grey está aqui. Como? José me larga.”



Também reparei que, para dar um toque mais sensual no ator, tiveram que fazê-lo tirar a camisa o tempo todo. Eu não me lembro dessa cena no livro. Um pouco de naturalidade podia funcionar, ou estou mentindo?




A ceninha do lábio mordido... ^^




Para quem leu o livro – de verdade – vai saber que a cena não é essa:
“– Ah... – ele pega levemente o queixo dela – Como eu queria morder essa boquinha...
– Acho que eu também iria gostar disso...”

Isso sem nenhuma malícia do personagem – do filme, claro. Pois o personagem do livro tem malícia para dar e vender.
Agora a cena real:

“– Eu gostaria de morder esse lábio – murmura ele num tom sinistro.
Engasgo, totalmente sem perceber que estou mordendo o lábio inferior, e fico boquiaberta. Essa deve ser a coisa mais sensual que alguém já me disse. Minha pulsação se acelera, e acho que estou arfando. Minha nossa, me transformei em uma massa confusa e trêmula, e ele ainda nem tocou em mim. Contorço-me na cadeira e encaro seu olhar sinistro.
– Por que não morde? – desafio baixinho.”


Posso até estar parecendo uma chata detalhista, mas quem é fã de verdade vai me entender.
Como essa cena do Elliot e da Kate, por exemplo. Eles estavam mesmo semi pelados no sofá? Jura? Bem, não é disso que eu me lembro. E acho que não faria mal algum se eles colocassem a cena um pouco parecida com a do livro.



“Kate e Elliot estão sentados à nossa mesa de jantar. Os livros de quatorze mil dólares sumiram. Graças a Deus, tenho planos para eles. Kate está com um sorriso ridículo no rosto, e está despenteada de um jeito sensual. Christian entra na sala comigo e, apesar daquela cara de quem está se divertindo, Kate olha desconfiada para ele.”

Mais uma vez o livro nos mostrando que Kate é uma garota séria, não uma amiga desmiolada de Anastasia. Na cena do livro temos um casal maduro – obviamente eles fizeram sexo, sim, mas ninguém precisou ver. Já no filme, temos um casal de adolescentes embolados no sofá.

E só para dar aquele ataque cardíaco, Elliot parece ser bem mais novo que Christian. A aparência do ator, até o dublador parece ser mais novo – o que não é o caso, pois Christian que é mais novo que Elliot. Claro que o jeito do Christian é de um homem mais maduro, mas não a aparência dele. Fora que, na minha opinião, o ator que faz o Elliot é mais bonito. Aí, quando eu falo que a escolha do ator foi mal feita, dizem que sou maluca.
Bem, pelo menos eles acertaram no jeito descontraído de Elliot.



E, sério. Nunca, em milhão de anos, vou imaginar Christian dizendo “até mais, baby” com essa cara. Me desculpe, Jamie. Mas acho que a sensualidade bateu na porta.




Também não me lembro que Christian fica esperando Anastasia em frente ao helicóptero, e Taylor que vai buscá-la.




“Ele é pontual, claro, e está a minha espera quando saio da loja. Salta da parte traseira do Audi para abrir a porta e me lança um sorriso caloroso.
–  Boa noite, Srta. Steele – diz.
– Sr. Grey – cumprimento-o polidamente com um aceno de cabeça ao avançar para o banco de trás do carro. Taylor está na direção.” 


E "Love me like you do" toca, né? Mas "Sex on Fire" nada.
Seria mesmo exagero meu querer as cenas parecidas?





Cinquenta Tons de Cinza (filme) - críticas de uma fã Parte 2



CRÍTICAS AO FILME CINQUENTA TONS DE CINZA - Parte 2


Olá de novo! ^^/

Na postagem anterior, reclamei sobre algumas (algumas?) coisas do livro que eles mudaram no filme.
Porém, como prometido, farei uma continuação de minhas reclamações. E aqui terá ainda mais detalhes.
Claro que não vou dar uma opinião sobre o filme todo. Ainda vão ter mais continuações.

Detalhando quase todo o erro.

Vamos a entrevista.




“–  Quer se sentar?
Ele me indica um sofá em L de couro branco.”

Bem, podemos ver que ela não se senta em uma cadeira de frente para ele, mas ambos sentam nesse tal sofá de couro branco com formato em L que nunca vimos no filme.


Christian pegando o papel da entrevista? Eu não me lembro disso.



VERSÃO ANASTASIA:

“Seu comprido dedo indicador aperta o botão do elevador, e ficamos parados esperando: eu, constrangida; ele, tranquilo e dono de si. As portas se abrem, e entro correndo, desesperada para fugir dali. Eu realmente preciso dar o fora daqui. Quando olho para ele, está encostado no vão da porta ao lado do elevador com uma das mãos na parede. É realmente muito, muito bonito. É enervante.
– Anastasia. – diz ele se despedindo.
– Christian. – respondo.
E, felizmente, as portas se fecham.”

VERSÃO CHRISTIAN:

“Indo até o elevador, aperto o botão, e ela fica irrequieta ao meu lado.
Ah, eu poderia acabar com essa inquietação, baby. As portas se abrem e ela escapa para dentro e depois se vira para me encarar.
– Anastasia. – murmuro em despedida.
– Christian. – sussurra ela.
E as portas do elevador se fecham, deixando meu nome suspenso no ar, soando estranho e não familiar, mas sensual como os diabos.”

CENA DA KATE E DA ANA NO FILME PÓS ENTREVISTA:

“– E aí. Como ele é?
– Ah... normal.
– Normal? Só normal?
Ana se ajeita desconfortável no sofá.
– É... Ele foi muito educado, e foi... galante. E... muito formal, e limpo.
– Limpo? – Kate pergunta surpresa.
Ana sai de seu transe e tenta falar normal.
– É... Assim, ele é bem... inteligente. E intenso. Foi meio intimidador.
Kate sorri como se visse uma atração velada em Ana por Grey.”

CENA DA KATE E DA ANA NO LIVRO PÓS ENTREVISTA:

“– Como foi? Como ele é?
Faço um esforço para responder à pergunta dela. O que posso dizer?
– Ainda bem que acabou, e não preciso vê-lo de novo. Ele é bastante intimidador, sabe? – dou de ombros. – É muito focado, chega a ser intenso... e jovem. Muito jovem. (...) No geral, ele foi educado, formal, ligeiramente antiquado, como se estivesse envelhecido antes do tempo.” 

Olha quem temos nessa cena... Sim, é o Paul Clayton, da loja de ferragens Clayton’s.



Mas, o Paul não aparecia depois, quando a Ana estivesse atendendo Christian?
Vamos às cenas. ^^

VERSÃO ANASTASIA:

“–  Ana! Paul surgiu na outra ponta do corredor. Ele é o irmão caçula do Sr. Clayton. Eu tinha ouvido dizer que ele tinha chegado de Princeton, mas não esperava vê-lo hoje.
 Hum... Com licença um instante, Sr. Grey.
Grey franze a testa quando me afasto dele.
Paul sempre foi um amigão, e nesse momento estranho que estou tendo com o rico, poderoso, excepcionalmente atraente e maníaco por controle Sr. Grey, é ótimo falar com alguém normal. Paul me dá um abraço apertado e me pega de surpresa.
Oi, Ana. É muito bom ver você! – derrete-se.
 Olá, Paul, como vai? Veio para o aniversário de seu irmão? “

VERSÃO CHRISTIAN:

 Ana! Nós dois nos viramos quando um jovem com roupas caras aparece. Ele é todo sorrisos para Anastasia Steele. Quem é esse panaca?
–  Hum... Com licença um instante, Sr, Grey.
Ela vai até ele e o filho da p**a a engole em um abraço de gorila. Meu sangue congela. É uma resposta selvagem. Tire suas malditas patas dela. Fecho as mãos e só fico um pouco mais calmo ao ver que ela não faz nenhum movimento para retribuir o abraço.”

Logo abaixo temos a cena que Anastasia o encontra e toma um susto.
Achei muito mal feito.



Mas era para ser assim:

“Sábado na loja é um pesadelo. Somos assediados por amantes da bricolagem querendo consertar suas casas. O Sr. e a Sra. Clayton, John e Patrick – os outros dois funcionários que trabalham meio expediente – e eu corremos de um lado para o outro. Mas há um período de calmaria por volta da hora do almoço, e a Sra. Clayton me pede para conferir encomendas enquanto estou sentada atrás do balcão do caixa comendo discretamente meu bagel. Sou envolvida pela tarefa, comparando números do catálogo com os artigos de que precisamos e a quantidade que encomendamos, os olhos pulando do livro para a tela do computador e vice-versa ao conferirem se as entradas batem. Então, por alguma razão, ergo a vista... e sou capturada  pelo atrevido olhar cinzento de Christian Grey, que está parado no balcão, encarando-me atentamente.
Parada cardíaca. –  Srta. Steele. Que surpresa agradável. – O olhar dele é firme e intenso.”

PARA ALGO MAIS QUENTE, VERSÃO GREY:

“Demoro três segundos para avistá-la. Ela está debruçada sobre o balcão, olhando atentamente para a tela do computador e comendo seu almoço – um sanduíche. Sem pensar, ela limpa uma migalha de pão no canto dos lábios e a enfia na boca, sugando os dedos. Meu pênis se contorce. P**ra! Quantos anos eu tenho, quatorze? Minha reação é irritante pra cacete. Talvez essa resposta adolescente pare se eu a acorrentar, se eu comer e açoitar essa garota... e não necessariamente nessa ordem. É. É disso que eu preciso.
Ela está completamente absorvida em sua tarefa, o que me dá a oportunidade de observá-la. Pensamentos obscenos à parte, ela é atraente, muito atraente. Eu me lembrava bem.
Ela ergue o olhar e congela, fixando em mim seus olhos inteligentes e sagazes – os mais azuis dos azuis, e que parecem ver dentro de mim. É tão desconcertante quanto da primeira vez que a vi. Ela apenas olha, chocada, eu acho, e não sei se essa é uma reação boa ou ruim.
– Srta. Steele. Que surpresa agradável.”   




Fora que imagino o Christian com uma expressão um pouco mais perigosa que essa quando Anastasia está com o Paul.




Eu sei que é um pequeno detalhe, mas, o que ele está fazendo no banco da frente?



E aqui, a última:

Nessa cena do filme Christian praticamente exige que Ana coma um muffin, então ela o chama de arrogante. Mais adiante, ele quer sair dali o mais rápido possível porque ela diz que é romântica.
Primeiramente, no livro, ele apenas oferece o muffin para ela.
E, que eu saiba, é ela quem se apressa para sair porque tem que estudar para as provas que vai fazer.



Podem conferir aqui abaixo. Mas, dessa vez, só tem a versão da Anastasia, pois não estou pegando as versões Grey do livro Grey, mas da última parte do livro Cinquenta Tons de Liberdade.


Muffin:
“Grey assente com a cabeça, aparentemente satisfeito com minha resposta, e olha para seu muffin. Seus dedos esguios puxam com destreza o papel, e observo fascinada.
–  Quer um pedaço? – pergunta, e aquele sorriso divertido e misterioso está de volta.
–  Não, obrigada.”

Arrogante:
– Você parece nervosa perto dos homens.
Caramba, isso é pessoal. Só fico nervosa perto de você, Grey.
– Você me intimida.
Fico vermelha, mas mentalmente me dou um tapinha nas costas pela sinceridade, e torno a baixar os olhos. Ouço a respiração forte dele.
– Você deve mesmo me achar intimidante. – Ele assente. – É muito honesto. Por favor, não olhe para baixo. Gosto de ver o seu rosto.
Ah. Olho para ele, e ele abre um sorriso encorajador, mas irônico.
– Isso me dá uma alguma pista do que você poderia estar pensando – suspira ele. – Você é um mistério, Srta. Steele.
Misteriosa? Eu?
– Não tenho nada de misteriosa.
– Acho você muito contida – murmura ele.
Sou? Nossa. Como consegui isso? É desconcertante. Eu, contida? De jeito nenhum.
– A não ser quando enrubesce, claro, o que acontece com frequência. Eu só gostaria de saber por qual motivo estaria enrubescendo.
Ele põe um pedacinho de muffin na boca e começa a mastigá-lo bem devagar, sem tirar os olhos de mim. E, pegando a deixa, enrubesço. Droga!
– Você sempre faz esse tipo de observação pessoal?
– Não tinha me dado conta de que era tão pessoal. Eu a ofendi? – Ele parece surpreso.
– Não – respondo sinceramente.
– Ótimo.
– Mas você é muito arrogante.”

Por enquanto, paramos por aqui. Semana que vem analisaremos a terceira parte que, com certeza, será um pouquinho mais revoltante  pelo menos, para quem realmente é fã do livro.

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