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Posted by : Fadinha segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

A Secretária - Filme


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Nossa, o que falar desse filme?

Lee Holloway é uma mulher tímida, insegura e com tendências masoquistas que ainda mora com sua mãe super protetora e seu pai alcoólatra. É sempre um tanto estranho ver que, sempre quando ela se entristece ou se aborrece com algo, tende a se cortar com agulhas e pequenas facas que guarda num estojo. Logo no começo do filme já nos deparamos com ela esquentando a chaleira quente com água na parte interior da própria perna após ver seu pai e sua mãe brigando (eu jurava que ela iria jogar aquilo no próprio pai para defender a mãe).

O pai dela acaba sendo demitido do trabalho, pois o álcool já estava tomando conta de sua vida. Então, Lee logo trata de arranjar um emprego de secretária, mesmo não tendo nenhuma experiência. Logo quando chega, ela nota que a pequena empresa está bagunçada e uma mulher está guardando as próprias coisas numa caixa enquanto está chorando por causa de algo. Descobrimos depois que aquela mulher é a ex-secretária que foi demitida, e Lee toma seu lugar.

Edward Grey é um advogado bem sucedido, e quase não se sabe nada sobre ele. Edward fica testando Lee mandando-a fazer todo tipo de coisa para ele, como pegar um caderno que ele jogou no lixo, arrumar ratoeiras, e datilografar e atender telefonemas ao mesmo tempo.
Claro que Lee acata todas as ordens que ele dá a ela, pois precisa de um emprego, mas, antes de tudo, porque gosta de ser dominada por aquele homem.

O tempo passa e a relação de empregador/secretária muda para dominador/submissa, mas eles não fazem sexo em nenhum momento. Edward ensina Lee a fazer as coisas com mais calma e perfeição, mas também a proíbe de se cortar – uma coisa boa que gostei no filme.
Lee tem um amigo que parece gostar dela (acho que já vi isso antes...), e os dois acabam engatando num quase romance, porém ainda deixando Edward dominar por completo sua mente.

Com o desenrolar da história, Lee acaba se apegando tanto a Edward que faz de tudo para que ele volte a fazer com ela o que fazia antes, pois eles voltam ao seu habitual do trabalho. Lee se vê irritada e humilhada por achar que ele a esqueceu e tenta de tudo para que ele volte com as palmadas. É curioso ver que mesmo não sabendo tanto das coisas, Lee começa a ter muitas tendências masoquistas, se tornando fraca e emotiva quando não é, como posso dizer, “agredida” por Edward. E mesmo entregando sua virgindade a Peter (o amigo que gosta dela), é em Edward em quem ela pensa dia e noite enquanto explora por completo seu corpo.

Porém, chegando ao final, Edward vê que aquela “relação” não ficaria bem, assim despedindo Lee de seu trabalho de secretária. Ela acaba entrando em depressão, mas ainda saindo com outros caras para alimentar suas práticas masoquistas. Peter a pede em casamento e ela acaba aceitando, não tendo muita escolha, mas desiste antes mesmo de entrar em alguma igreja, correndo direto para o escritório de Edward vestida com seu vestido de noiva.

E, a partir desse momento, vemos a que ponto a tendência dessa jovem ao masoquismo pode chegar. Ela simplesmente ultrapassa todos os limites da submissão ao obedecer à ordem que Edward dá a ela, que é para sentar na cadeira dele e deixar as mãos apoiadas na mesa enquanto ele não está mais lá. E, surpreendentemente, ela fica desse jeito por exatos três dias direto, sem levantar dali para nada, até mesmo mijando no próprio vestido e fazendo greve de fome.
Particularmente, achei essa parte um tanto machista e desconfortável. Sério, achei que essa personagem era louca. Por que, afinal, uma pessoa passaria três dias direto com as mãos apoiadas na mesa sem nem mesmo dormir apenas porque o homem que ela ama mandou?

O caso dela acaba se espalhando pela cidade, até mesmo passando nos noticiários. Então, Edward finalmente vai ao encontro dela (estou tentando entender como ele passou três dias direto sem trabalhar) e a leva até seu apartamento, dando banho nela e a tratando com mimos, e assim fazendo amor com ela pela primeira vez.

Mais algum tempo passa e os dois casam com direitos a lua de mel com Lee amarrada no tronco de uma árvore enquanto faz amor com Edward.
Gostei do final, apesar de ficar um tanto desconfortável com alguns machismos do filme. Algumas partes desse filme comediante e dramático realmente me deixaram incomodada. Mas nada muito sério, pois acho que veria de novo, apesar de achar que a relação dos dois é um pouco doentia.


Agora vamos à grande questão: Cinquenta Tons de Cinza seria uma “cópia descarada” desse filme?



Bem, acho eu que Cinquenta Tons não é uma “cópia”, assim como esse filme não é uma “cópia” de Nove Semanas e Meia de Amor ou A História de O.

Tenho certeza absoluta que histórias não copiam as outras, mas apenas se inspiram. E, verdade seja dita, não são exatamente essas histórias antigas que Cinquenta Tons “copia”, mas apenas o sadomasoquismo em si.

Claro que notei algumas coisas semelhantes, como a aparência das personagens femininas, e o sobrenome dos personagens masculinos. Mas não passa disso.

E, independente de qual história A Secretária ou Cinquenta Tons tenham se inspirado, cada uma vai continuar tendo sua própria essência.

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